Mostra encerrou a sua 6ª edição no dia 20 de outubro e deixou ideias que podem ser incorporadas na prática
Sediada em um verdadeiro ícone arquitetônicona na Avenida Costábile Romano, 931, no bairro Ribeirânia, a 6ª edição da CASACOR Ribeirão Preto esteve aberta ao público de 20 de agosto até o dia 20 de outubro, com o tema “De presente, o agora”. Cumprindo seu propósito de ser uma vitrine das principais tendências do setor de arquitetura, paisagismo, arte e design de interiores das Américas, a mostra apresentou aos visitantes propostas arrojadas, tanto em pequenos detalhes, como a escolha de uma peça artesanal ou um determinado tipo de revestimento, quanto em grandes conceitos, como a sustentabilidade.
A seguir, confira algumas das tendências que vieram para ficar:
Cabeceiras em destaque
Desde os modelos simples, até os mais elaborados, a cabeceira, além da questão funcional – de evitar o contato da cama com a parede e de servir como um apoio confortável para as costas na hora de ler um livro ou assistir um filme – é um acessório que pode fazer toda a diferença na estética e na identidade do quarto.
Na “Suíte Navona”, assinada por Thauana Kairala e João Victor Santann, o elemento principal era o mármore. A combinação do travertino navona com o amadeirado conferiu um toque de sofisticação atemporal ao projeto. O uso de spots picco, com uma dimensão bem menor do que os tradicionais, resultou em uma iluminação cenográfica, indireta, intensificando a sensação de aconchego.
Por falar em pedras naturais
Elas estavam presentes em diferentes cores, formas, efeitos e propostas apresentadas pelo elenco da mostra. Investir nessa tendência é uma aposta certeira para ambientes repletos de personalidade e em sinergia com a natureza. Um bom exemplo foi o “Sigramar Stone Garden”, de Andrea Esteves e Rui Salvino.
Entre algumas das pedras brasileiras selecionadas pelos profissionais, estava o granito café imperial, em três acabamentos: polido, leviago e escovado, estimulando os sentidos. Seguindo o conceito de sustentabilidade e aproveitamento máximo dos recursos, o espaço contou com pedriscos e pó de mármore branco paraná, que foram feitos com pedras que se quebraram durante o processo de lapidação. Havia, ainda, outros detalhes, como as pedras no espelho d´água, que foram esculpidas em pétalas de vitória-régia.
Um brinde à sofisticação
Para quem gosta de tomar um drink e relaxar no fim o dia ou, ainda, receber a família e amigos, ter um mini bar em casa é uma ótima ideia. Na 6ª edição da CASACOR Ribeirão Preto, o público encontrou várias opções para se inspirar.
Um bom exemplo estava na “Sala de almoço – Casa Grená”, uma homenagem ao solo fértil de Ribeirão Preto, denominado como “terra vermelha”. O arquiteto Matheus Vilela utilizou a beleza das garrafas de bebidas e das taças a favor do espaço. Com uma bandeja estrategicamente posicionada em uma cômoda, ele criou um mini bar charmoso, compacto e funcional.
Afetividade e significado
No “Living Eterno Instante”, Chrigor Godoy celebrou a arquitetura e o design brasileiro, com ênfase para a arte e a cultura do feito à mão. Tudo tinha significado afetivo, como as lembranças de viagens e itens que passaram de geração em geração. A curadoria foi complementada com cores e texturas que refletiam a busca do arquiteto por um espaço próprio para momentos de pausa e renovação. “Meu desejo foi criar um ambiente que eternizasse memórias e resgatasse o aconchego e a essência do lar, algo que considero essencial nos dias de hoje. Por isso, procurei incorporar elementos que carregassem histórias e também o poder de viver o agora”, descreveu.
Conceito e criatividade
O “Estúdio Criar”, de Mariane Rios, era o lugar ideal para quem busca sair do óbvio e inovar. No home office voltado à criação e autenticidade, a arquiteta explorou a arte e o design com riqueza de detalhes. A composição entre a extensa mesa branca e suas diferentes cadeiras, evidenciava dinamismo e descontração.
Como contraponto a este espaço, que indicava movimento, havia outro mais reservado e confortável, sugerido para momentos de trabalho informais ou intimistas. Uma abertura no teto jogava luz para a escultura com desenho exclusivo, e o jardim surgia como uma galeria a céu aberto, onde o banco Toinoinoin, de Jaime Lerner, se destacava.